sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sabença para Governar versus Governar com sabedoria

- esteios e cotejo com a Schule der Weisheit1 de Hermann von Keyserling.

By Salvador Dalí.
Fonte: Internet.



Acelino Pontes

ex-Max Planck-Institut für Hirnforschung, Köln.
Estudos do Direito, Filosofia, Física, Matemática, Medicina, Psicologia e Teologia (em Berlin, Fortaleza, Köln [Colônia], Lisboa e em München [Munique]).



    Introdução


Nos últimos tempos exsurgem no Brasil as chamadas 'Escolas de Governantes' no intuito deformar um quadro qualificado de governantes para exercer as relevantes tarefas de direção pública” (ESCOLA DE GOVERNO). Essa evolução se conhece de época remota, dos tempos da Antiga Grécia, embora com com título, fundamentos e currículos totalmente contrários aos que encontramos hoje.
A universidade exerce função - essencial e indisponível - no analisar as evoluções e fenômenos históricos do ser humano e seu meio? Respondendo essa pergunta poderemos chegar à importância e amplitude do campo de ação da universidade no âmbito de atuação do homem. Embora essa pergunta tenda a buscar respostas em litígios avessos, não há de se distanciar muito de duas grandes linhagens da pesquisa: a teoria e a prática. No Brasil, a teoria é explorada em demasia; a prática padece de investigações.
A partir desse discernimento, nos importa o princípio in disputatione nascitur veritas eregido por Mariam Orkodashvili (2009), que “procura discutir as principais questões sobre as características e funções da universidade” e “tenta identificar os desafios que a universidade do futuro terá de enfrentar” (Ibid., p. 1). E ela pontifica:
O principal argumento que o [seu] ensaio faz é que, por meio da busca constante pela verdade, através de discussões contínuas e "disputas", a universidade deve manter a sua função principal que é a produção de conhecimento.1 (Ibid., p. 1)
Seguindo esses preceitos, estamos lançando a questão da Escola da Sabedoria versus Escola de Governantes no âmbito acadêmico, na tentativa de encontrar o sentido dessa evoluções, o ontológico e o ratio, a praticidade, a subjetividade e a objetividade, a competência e necessitudo da sabença para governar e do governar com sabedoria.
Acreditamos estar construindo uma base fundamental e propositura de reflexão no caminho de uma re-engenharia do currículo dessas Escolas de Governantes, em momento extremamente oportuno, quando o legislador impôs o encontro do jovem brasileiro com a Sociologia e com a Filosofia. E o jovem necessita, mais do que antes, desse encontro, que certamente o livrará de muitas intempéries nos conflitos oportunistas dessa fase da vida. Apontar sentido de vida na vida sem sentido do jovem de hoje é o desafio primordial desse encontro.

Por que o cotejo com von Keyserling?

O início do Século XX se desenvolveu em meio a grandes conflitos sociais, econômicos e filosóficos, conflitos de extrema gravidade, que levaram a uma disputa bélica dizimante de uma boa parte da Europa por morte, fome e miséria. No espaço filosófico, as temáticas de importância sempre estavam ligadas a um forte clamor nacionalista, que encaminhou à fundação da Sociedade Alemão de Filosofia [Deutsche Philosophische Gesellschaft] em torno de Bruno Bauch. Essa se aventura em congregar uma tendência dominante ao tempo, a Wertphilosophie [Filosofia do Valor], que findou servindo de antídoto ao fenômeno nacionalista (PONTES[8], 2011).

Salvador Dalí. Fonte: Internet.


Muitos daqueles pensadores com orientação nacionalista tentaram destruir a questão da humanidade como um todo, para entronizar a nação, no momento em que os interesses individuais devem ceder aos fins da própria nação. Estava assim preparado o fértil terreno nidificante do nacional-socialismo. A partir dessa evolução eclode a Filosofia keyserlinguiana, fundando uma incondicional oposição às tendências da filosofia nacionalista, que naturalmente o tornou abominado inimigo do regime nazista. Como desafeto do Estado ficou proibido de falar, de escrever e até de viajar; pior ainda, seus livros foram queimados. Essa mordaça o levou à ruína financeira e à terrível deslembrança. (Ibid.)
Inicialmente, Keyserling se dedica à Filosofia da Cultura e da Vida. O seu livro „Reisetagebuch eines Philosophen“ [Diário de Viagem de um Filósofo] (1918) rendeu-lhe fama enorme tanto na Alemanha como na Europa e ainda, em várias outras partes do Mundo. No início da década de 20, Keyserling já desfrutava de surpreendente fama internacional. (Ibid.)
Mas, é em 1920 que Keyserling enverga um novo processo, que irá influenciar toda a prática da Filosofia na Alemanha: a Schule der Weisheit [Escola da Sabedoria]. Esse constructo prático-filosófico revela a doutrina keyserlinguiana do sentido como orientação para o autodesenvolvimento, concretamente, fazer da vida algo fértil.

    Problematização

Governar com sabedoria é, desde Salomão, o grande dilema do Estado e dos Governantes. Entretanto, no serviço público da contemporaneidade encontramos o culto do adquirir sabença para governar. É o império da tecnocracia em detrimento da formação ético-humanística para o exercício da função e do poder público.
Ademais, a nação afoga-se numa incomensurável crise ética em todos os ambientes governamentais, públicos e privados. A forte apatia política ou até descrédito da população embasa uma inércia perigosa para o país, apesar do volumoso crescimento sócio-econômico nas últimas décadas.
Dada essas implicações, se faz necessário o apuro ontológico da questão sub examine dentro de uma análise profícua e cientificamente fundada com o desiderato de agenciar uma re-engenharia da conjuntura formacional do político e do agente público. Nessa linha, computando o entendimento de alguns autores, resguardados aspectos deontológicos, se passa a expor aspectos relevantes da visão conceitual da formação do governante com a aspiração de apropriar a definição do interesse público nesse espaço.
Nessa degeneração e crise do homo politicus e da política, cabe buscar por adjutório filosófico, como encontramos na questão da Aufklärung [iluminação, esclarecimento] em Kant (1977; 1985). Daí se vislumbra alguns importantes aspectos que se possa caracterizar a atividade pública e da cidadania. De início o pensador alemão anota que a „Aufklãrung é a emergência do homem de sua própria auto-infligida imaturidade2. E Kant explica com precisão o termo Unmündlichkeit [imaturidade]: “Imaturidade é a incapacidade de uso de seu entendimento sem a orientação de um outro3. Então, se conclui que, em sendo a Aufklãrung inerente à atividade pública e da cidadania, exsurge a necessidade dessa orientação a que se refere Kant.
E Kant (Ibd.) continua:
Assim é difícil individualmente para cada pessoa se livrar da imaturidade, que quase se tornou a sua natureza. 4
[...] Consequentemente, existem só poucos que conseguiram se desvendar da imaturidade pela transformação do próprio espírito, e ainda empreender um andar seguro. 5
Como observado, Kant implica na necessidade da “orientação de um outro” para que as pessoas comuns consigam encontrar a Aufklãrung, que mais ainda se faz necessária no momento em que Kant (1783) discorre sobre o juízo sintético e analítico.
Uma das mais importantes obras de Hegel (2005), Fenomenologia do Espírito6 trata essencialmente de consciência, a autoconsciência e a razão, e assim instala fundamentos para uma atividade do Governante nas áreas de sua atuação. Em outra obra, “Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito7 (HEGEL, 1997), esse autor alemão oferece grandes fundamentos sociofilosóficos na área do Direito, o que naturalmente reforça a tese da “orientação de um outro” nesses ambientes profissionais. Ainda, Gelamo (2008, p. 156) e Novelli, (2005) discorrem em referência a Hegel8 sobre sua atividade como pedagogo, quando o primeiro inclui ensinar Hegelque os alunos podem aprender o exercício da abstração, a qual se configura como essencial para o pensamento filosófico.”
A antes abordada “orientação de um outro” kantiano, exurge também em Hegel como “mediação mediada”, quando ele analisa a aprendizagem da filosofia como também a do filosofar, ao que relata com muita propriedade Novelli (2005, p. 147):
Immanuel Kant. Fonte: Internet.


A aprendizagem da filosofia ou do filosofar através de sua história também indica que, para Hegel, ninguém aprende sozinho, mas sempre através da mediação de um outro. O professor, os colegas, os textos são mediações pelas quais a aprendizagem se realiza. A mediação é o momento pelo qual o real se efetiva ou obtém status do ser como existente. Entre os textos e os colegas destaca-se a mediação do professor, pois este pode atuar como uma mediação mediada, isto é, que já assumiu para si a história da filosofia. Mais do que um facilitador o professor se põe como um paradigma para os alunos, uma vez que ele mesmo não chega à história da filosofia senão através da experiência pessoal com ela. O professor também não é um reprodutor, pois sua mediação não determinará como a história da filosofia deverá ser compreendida, visto que o processo do filosofar produz o filósofo e este, como tal, poderá continuar indagando. Além disso, a mediação situa sempre a perspectiva do todo ou da superação da singularidade pela relação com algo mais.
Em toda essa discussão exsurge Graf Hermann Keyserling (KEYSERLING [6], 1905), no início do Século XX, com uma estridente configuração da Filosofia, que lhe rendeu grande reconhecimento e atenção nos meios intelectuais de sua época. Suas mais conhecidas obras foram traduzidas para o inglês, para o francês e para o espanhol provocando também em outros países grande sensação9. “O efeito do seu apresentar-se cunhou na opinião pública as compreensões daquilo que um Filósofo possa ser10 (PONTES, 2011).
Interessante resta observar que o pensamento de Keyserling teve grande influência no movimento modernista brasileiro da década de 20. Vejamos os que nos relata Della Paschoa RODRIGUES ([s.d.]):
O movimento modernista da década de 20 ambicionava tornar o Brasil uma nação com forma própria, conquistando nossa individualidade cultural e um lugar no ‘concerto das nações’, como dizia Mário de Andrade11. Nessa tarefa, o autor modernista, baseando-se em certas teorias históricas e filosóficas, empenhou-se em produzir um trabalho que afirmasse a entidade nacional e assim criou o seu Macunaíma.
[...] Mas a cultura brasileira não morre de todo. Mário, de certa forma, acredita no Brasil e deixa, no final do livro, a possibilidade de construirmos a nossa cultura: Macunaíma, na verdade, não morre, sobe para o campo vasto do céu, vira tradição, que poderá ser resgatada e transmitida (como aliás, é transmitida ao próprio Mário no Epílogo).
Essa visão otimista com relação à formação de uma nação brasileira, Mário deve a Keyserling, único pensador que teve sua influência creditada explicitamente, num dos prefácios inéditos.
Na concepção de Keyserling, o homem é uma entidade real que se manifesta através de criações culturais. A teoria dele, assim como a de Herder, afirma o particularismo das culturas e ao mesmo tempo seu lugar universal. O conceito de cultura keyserlinguiano está relacionado a um passado vivo e a cultura “é a forma da vida, como imediata expressão do espírito (...) é obrigação com relação a um passado vivo, (...) é exclusiva e, portanto, estritamente limitada no exterior; é essencialmente unitária, pelo que cada coisa particular nela pressupõe e alude à totalidade” (que, enfatizamos, é o conceito utilizado pelos modernistas de 20). Mas, diferentemente de Spengler, para ele “todas as culturas tradicionais do planeta estão em decadência”, não só a civilização ocidental. Mas se Keyserling considera que todas as culturas tradicionais estão em decadência, porque centradas “no irracional, no impulsivo” – que é intransferível e, assim, não dando continuidade à cultura, por outro lado, a cultura pode ser perpetuada através de tradições vivas. (RODRIGUES, [s.d.])
Figura 2: Graf Hermann Keyserling.
Fonte: Internet12.

É nítida a influência keyserlinguiana - de forma análoga, na década de 30, insurgiu-se o filósofo alemão com ferocidade contra o então surgente nacional-sindicalismo na Alemanha - nesse processo descrito por RODRIGUES ([s.d.]); e ele ainda, firmando o incontestável influxo da filosofia de von Keyserling no dar fundamento e no surgir da ‘nova’ cultura brasileira, acrescenta:
Mário compartilhava do otimismo de Keyserling, que acreditava que a tradição viva era a via de transmissão da cultura, a despeito da decadência inevitável das civilizações. Por isso Macunaíma, apesar de ter perdido a muiraquitã (a cultura brasileira) vira constelação (tradição). Ou seja, agora ele se transformou em instrumento de transmissão do que poderia vir a ser a entidade brasileira. O projeto andradiano, portanto, pode ser resgatado pelas gerações futuras.
Para Keyserling uma nova cultura se desenvolve ‘quando da mescla se origina o equivalente a uma nova raça definida’. Esse postulado permite Mário de Andrade conceber a gênese da Raça brasileira, criando seu herói a partir da mescla das três raças tristes (índio, branco e negro). Nosso herói, infelizmente como sabemos, deixa que sua porção branca oprima as outras e se vende à civilização decadente, não definindo uma nova Raça. Cabe ressaltar aqui que a porção branca de Macunaíma – vinda dos portugueses – já era mestiça e não se constituía como Raça; citando Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil: os portugueses apresentavam ‘ausência completa, ou praticamente completa de qualquer orgulho de raça (...) Essa modalidade de seu caráter explica-se muito pelo fato de serem os portugueses um povo de mestiços’. (RODRIGUES, [s.d.])
Arremata ainda RODRIGUES:
Mário de Andrade encontra outro ponto de apoio em Keyserling, com relação à aversão à industrialização nascente, ao capitalismo verdadeiro, como nota C. Berriel (1987):
Keyserling oferece uma alternativa “não-burguesa” de leitura da realidade histórica, ao rejeitar a economia e a materialidade como formas explicativas. Assim, a crise da sociedade contemporânea pôde ser vista, tanto por Spengler e Keyserling, como por Mário de Andrade, como uma crise da cultura pura e simplesmente’.
Todas essas postulações keyserlinguianas deram base para que Mário criasse seu ‘poema fundador’ da raça brasileira ligada à paisagem tropical, e, por conseqüência, desenvolver a cultura brasileira. Ao pessimismo de Spengler, Mário prefere a possibilidade keyserlinguiana de manter a tradição brasileira viva, na esperança de que ela venha a se despertar novamente; por isso mesmo é que escuta do papagaio a vida do herói de nossa gente e nos transmite. (RODRIGUES, [s.d.])
Com isso, resta claro, que von Keyserling a partir da sua visão de filosofia influencia diretamente no cultural, na constituição de uma raça, na evolução de uma nação: é a mais pura práxis da filosofia keyserlinguiana. A sua Filosofia da Cultura contribui com incisividade para um melhor entendimento entre os povos.
Em todo esse complexo e amplo percurso ontológico, vislumbra-se excelentes perspectivas de análise do presente problema à luz da expressão da Escola da Sabedoria keyserlinguiana, já que, em KAYSERLING, essa se utiliza de conhecimentos, que “dever servir claramente e em sentido único à preparação de caminho de um estágio superior do se tornar humano13 e “ela exige supremacia do ser sobre a habilidade, do senso da hierarquia espiritual para todos os problemas práticos14 (apud ARNOLD VON KEYSERLING[2], 1981).
Justamente, essa supremacia do ser sobre a habilidade e a hierarquia espiritual do senso na práxis de que fala a teoria keyserlinguiana, pode revelar uma diferenciação fundamental na análise dos dois sistemas.
Dessas premissas, se levanta as seguintes hipóteses:
  1. A instrumentalização curricular dos Escolas de Governantes não serve ao interesse público.
  2. A formação caractereológica, filosófica e sociológica é fundamental para o preparo do homo politicus.
  3. A supremacia do ser sobre a habilidade e do senso dahierarquia espiritual” para todos os problemas práticos deve ser o objeto especial e fundamental da formação nas Escolas de Governantes.

Referências Bibliográficas


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Para citar este documento (ABNT/NBR 6023: 2002):

PONTES, Acelino: Sabença para Governar versus Governar com sabedoria - esteios e cotejo com a Schule der Weisheit de Hermann von Keyserling. Praxis Jurídi­ca, Ano II, N.º 02, 13.02.2015 (ISSN 2359-3059). Disponível em: <http://praxis-juridica.blogspot.com.br/2015/02/sabenca-para-governar-versus-governar.html>. Acesso em: .





1The main argument that the essay makes is that through constant search for the truth, through continuous discussions anddisputations, the university should retain its core function that is the production of knowledge.
2 Aufklärung ist der Ausgang des Menschen aus seiner selbst verschuldeten Unmündigkeit.“
3 Unmündigkeit ist das Unvermögen, sich seines Verstandes ohne Leitung eines anderen zu bedienen.
4Es ist also für jeden einzelnen Menschen schwer, sich aus der ihm beinahe zur Natur gewordenen Unmündigkeit herauszuarbeiten.“
5Daher gibt es nur wenige, denen es gelungen ist, durch eigene Bearbeitung ihres Geistes sich aus der Unmündigkeit her aus zu wickeln, und dennoch einen sicheren Gang zu tun.“
6 Phänomenologie des Geiste.
7 Grundlinien der Philosophie des Rechts.
8 HEGEL, F. (1809-1822): Escritos pedagógicos. México: Fondo de Cultura Econômica, 1991 (Apud: Gelamo, Rodrigo Pelloso: O Ensino da Filosofia e o Papel do Professor-Filósofo em Hegel. Trans/Form/Ação, São Paulo, 31(2): 153-166 2008).
9 Garthe, Barbara: Über Leben und Werk des Grafen Hermann Keyserling, Disertação. Erlangen 1976, p. 395-399 (apud: WIKIPEDIA, DIE FREIE ENZYKLOPÄDIE [Hermann Graf Keyserling], 2010).
10Die Wirkung seines Auftretens prägte die Vorstellungen von dem, was ein Philosoph in der Öffentlichkeit sein kann.“
11 ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter – Edição crítica de Telê Porto Ancona Lopez. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978 (Apud RODRIGUES, [s.d.]).
12 http://www.ulb.tu-sarmstadt.de/spezialabteilungen/handschriten_musikabteilung/handschriften_historischedrucke/ nachlaesse_autographen/keyserling.de.jsp
13 sie sollte eindeutig und einsinnig der Wegbereitung eines höheren Stadiums der Menschwerdung dienen
14 Sie erfordert Supremat des Seins über das Können, des Sinns für geistige Hierarchie gegenüber allen praktischen Problemen.

1 Escola da Sabedoria



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